Enviado por Severino Motta para o blog do Noblat
A oposição conseguiu manter o número mínimo de assinaturas e garantiu a instalação da CPI do MST.
A Comissão, composta por deputados e senadores, vai investigar a transferência de recursos federais para ONG's ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.
De acordo com a oposição, o governo teria repassado, entre 2004 e 2008, R$ 115 milhões às ONG' que, por sua vez, usavam os recursos para financiar o MST.
Essa foi a segunda tentativa de instalar a CPI.
A primeira se deu no mês passado. Mas, depois da leitura da criação em plenário, o governo mobilizou sua base e deputados e senadores retiraram assinaturas, derrubando a CPI.
Na nova tentativa, a oposição protocolou o pedido de criação terça-feira e garantiu a leitura do requerimento na sessão do Congresso desta quarta.
A leitura é uma espécie de oficialização da CPI. A partir dela, abre-se um prazo, que vai até a meia noite, para a retirada ou inclusão de novas assinaturas.
Entre retiradas e inclusões, a CPI se manteve com 210 assinaturas de deputados e 36 de senadores. Eram necessárias pelo menos 171 na Câmara e 27 no Senado.
Com a garantia de instalação, a briga entre governo e oposição se dará, agora, pelos cargos de presidente e relator da CPI.
O governo promete fazer valer sua maioria nas duas Casas para emplacar tanto o presidente quanto o relator.
Governistas também ameaçam usar a CPI para investigar recursos federais repassados a entidades patronais, como a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), cuja presidente é a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que junto com o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), assina a autoria da CPI.
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