segunda-feira, 7 de maio de 2012

MINHAS FILHAS GOSTAM DE LER!

Minhas filhas gostam de ler! É, isso realmente é uma exclamação. Não só pelo fato de elas gostarem de ler, mas somando-se a isso, pela triste realidade brasileira onde encontramos um dos menores índices de leitores entre as grandes nações. Quando entramos em salas de aulas e encontramos alunos totalmente desinteressados pelos estudos, alunos estes que lêem apenas quando confrontados com tarefas e trabalhos escolares que podem lhes custar uma nota mediana, suficiente para que sejam aprovados.

É gratificante e confortante saber que elas (minhas filhas, de oito e quatro anos de idade) sentem o prazer pela leitura. Gostam de folhear revistas e livros. Gostam de passar algum tempo de seus dias com os livros e que nos chamam para dizer o quanto gostaram de ler esta ou aquela estória.

É uma exclamação de alegria ao lembrar que, quando incentivando alunos de sétima e oitava séries a participar de um concurso interno de redação e estes perguntaram qual seria o prêmio, ouvimos um grande “ahhhhhhh” de tristeza, ao saberem que os primeiros prêmios seriam livros. “Mas livro não é premio”, disse-me um dos alunos.

Vivemos uma época em que as crianças e adolescentes não sentem qualquer prazer em freqüentar as escolas. Estas, por sua vez, se tornaram um lugar antipático, sem estímulos aos alunos e, em muitas ocasiões, “um mal necessário”, conforme afirmação de outro aluno, quando solicitado a responder à pergunta: O que é a escola para vocês, na era do mundo globalizado?
Professores, também desestimulados por políticas educacionais (des)educadoras, baixos salários, e nenhum suporte para a melhoria profissional não conseguem ou não querem fazer muita coisa.

Cyana leahy-Dios, em seu estudo Língua e Literatura – Uma Questão de Educação, ilustra esta necessidade quando coloca que: “Isso acontece por não terem (os professores) sido educados a associar o efeito à causa, o objeto ao seu sentido, a reflexão à experiência, de forma que são capazes de identificar o que ocorre, mas não como, onde e, muito menos, o porquê dos fatos. Há apenas a revolta, a indignação, mas não há o questionamento fundamentado, a revolução inteligente, a saída, porque não se sabe, nem foi ensinado, nem se decorou como se faz para agir e pensar para transformar toda uma sociedade que é treinada e condicionada, diariamente, a repetir”.

Há de se saber quem somos, o que queremos, o que podemos e o que nos falta, para podermos orientar melhor nossos alunos e tentar fazer, pelo menos de nossa parte, com que a escola se torne – ou volte a se tornar – um local sadio e prazeroso para nossas crianças.

Não quero aqui lastimar a falta disso ou daquilo. O objetivo deste texto não é a critica. Apenas a externalização de um sentimento que agrada a qualquer pai: Convidar aos filhos para ir à uma livraria e receber uma resposta positiva, com exclamações de alegria. É ver que a criança procura, prazerosa, entre vários títulos, abrindo, folheando, analisando e, por fim, escolhendo um material de qualidade. Parabéns, Ruth Rocha! Você consegue fazer um material de gente grande para gente pequena. Parabéns ao poeta paraibano de alma portovelhense, o professor Carlos Moreira, que consegue estimular e despertar o gosto pela literatura em adolescentes do ensino fundamental e médio. A literatura, cada vez mais distante da sociedade atual, ganha vida e renasce nos jovens alunos do Moreira.

É lógico que há tantos outros exemplos de bons resultados que deveriam ser noticiados.

Ao contrário do projeto estadual que quer eleger os professores destaques em Rondônia, o que está infelizmente contribuindo para a disputa e para a inveja entre diversos professores em várias escolas, acho que todos os professores são destaques. A verdadeira homenagem aos professores, ensejando a proximidade do Dia do Mestre, seria oferecer melhores condições de trabalho, aperfeiçoamento e, acima de tudo, mais respeito à classe, tão maltratada e menosprezada em nosso Estado.

Voltando a tentar cumprir minha promessa de não fazer críticas neste momento, volto a exclamar a alegria de ver crianças leitoras dentro de minha casa. Só quem gosta e sabe a real importância do ato de ler, rememorando o maior dos educadores brasileiros, Paulo Freire, sabe a alegria de perceber isso: Minhas filhas gostam de ler!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Ensino De Língua Inglesa: Cuidado Com A Promessa De Uma Pronúncia Perfeita

Estava pesquisando outro dia, na Internet, sobre sites de ensino e divulgação da língua inglesa, quando encontrei uma Home Page de um curso em Minas Gerais, onde se anunciava que naquele curso os alunos aprendiam uma pronúncia perfeita da língua inglesa, porque tinham aulas com professores americanos.





Fiquei intrigado com tal afirmação. O que seria a anunciada pronúncia perfeita? O que é pronúncia perfeita? Quem disse que os alunos que têm contato e aulas com professores americanos adquirem uma pronúncia perfeita? O que é e qual é a pronúncia perfeita? Quais os padrões ou critérios utilizados para que se chegue a tal afirmação? Ainda que sejam os norte-americanos que digam que sua pronúncia é perfeita, quem disse que a pronúncia deles é perfeita? Será que eles esqueceram que o idioma que eles falam, ainda que tenham se beneficiado tanto dele – como dizia Michel Foucault em sua Teoria das Relações de Poder baseado no discurso - não os pertence?





Como professor, estudante e amante das Línguas inglesa e Portuguesa, que sou e sempre serei, não pude deixar de reparar nesta afirmação. Volto a perguntar: o que é a pronúncia perfeita? Qual é a pronúncia perfeita de algumas palavras da língua portuguesa, tomando por base apenas o Brasil?






Acho que, como professores de inglês, nós devemos tomar muito cuidado com tais afirmações, pois, ainda que tomemos por base a pronúncia americana, qual seria a região daquele país tomada por padrão? Sabemos que, assim como o Brasil, os Estados Unidos têm proporções continentais e, linguisticamente, enfrenta a impossibilidade de manter um único padrão linguístico-fonético; basta que se perceba o sotaque e a pronúncia de um texano e de um nova-iorquino falando, para citar um exemplo básico. Qual dos dois tem a pronúncia mais correta?






Falemos dos países que têm língua inglesa como idioma oficial. Suas pronúncias são perfeitas? Sim? Baseado em que se afirma isso? Não? A mesma pergunta se repete.






Desculpem-me, colegas de profissão, mas tal afirmação, saindo de professores de inglês brasileiros, chega a ser absurda. A pronúncia perfeita é e sempre será a regional, não importando qual seja esta região. Falo de competência e desempenho linguísticos.
Em tempo, não estou, em hipótese alguma, criticando métodos de ensino, pois “só se critica o que se conhece”. Tampouco estou levantando dúvidas quanto a eficiência do curso em questão. Como educador também tenho minhas ambições, anseios e ideologias e concordo que não se aprende um idioma estrangeiro em pouco tempo. Apenas não aceito que brasileiros e professores de inglês, como eu, por mais que tenham passado anos nos Estados Unidos – não sei -, aceitem que a verdade deles é a verdade do mundo e, mais ainda, preguem que a pronúncia deles – generalizada – seja a perfeita. Se algum de nós tivesse que eleger uma pronúncia perfeita da língua inglesa, bonita ou não aos nossos ouvidos, sem dúvida, esta deveria ser a pronúncia padrão de Londres e/ou de Oxford, mas nem por isso e nem assim a pronúncia britânica em seu todo poderia ser considerada a pronúncia perfeita, pois sabemos que lá também existe uma coisa chamada Variação Lingüística, e que nem mesmo o menor dos paises está – graças a Deus, para quem acredita nele – linguisticamente livre disso.





Uma boa ilustração para este fato é o livro de Michael A. Jacobs, “Como Não Aprender Inglês“, que traz várias situações sobre o ensino e o aprendizado do idioma. Outra boa comparação e o livro “How To Be An Alien”, de George Mikes, um húngaro que foi viver na Inglaterra e percebeu que, para aprender realmente um idioma, deve-se viver o idioma. Mesmo assim, um húngaro jamais terá a mesma pronúncia que um inglês.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

RESPEITEMO-NOS!

Mais uma vez uma corrente de internet nos chega, através de um e-mail, falando sobre um hipotético filme intitulado Corpus Christi, no qual Jesus Cristo teria relações sexuais com seus apóstolos.
Certamente, mais um hoax que tem um único objetivo: fazer piada com as pessoas. Recebi este e, antes de escrever sobre minhas crenças (ou descrenças), resolvi pesquisar sobre este suposto blockbuster.
Conforme minhas pesquisas, isto é uma lenda que existe desde antes da explosão da internet, na Europa, na década de 80, e que se manifestava através de cartas e mensagens de fax. Nunca fizeram tal filme. A peça teatral - real - que foi encenada no final dos anos 90 e que supostamente serviu de base para o filme, pode, inclusive, ter sido inspirada no hoax.
O e-mail nos intima a participar de um abaixo-assinado para tentar PROIBIR a exibição te tal filme no Brasil - censura - e tem um apelo que nos faz sentir obrigado a assiná-lo, sob pena de sermos amaldiçoados se não o fizermos.
As pessoas estão assinando este pseudodocumento por pura CRENÇA!
Mesmo que isso fosse real, as pessoas teriam o direito de assisti-lo ou não, assim como damos importância ou ignoramos às coisas, de acordo com nossa conveniência.
Qualquer pessoa tem o direito de fazer um filme, poesia, arquitetura, teatro, música, pintura ou escultura, ou tantas artes forem mais a se criar. Se não te agrada... ignore!
Quem crê perdidamente em deus deveria respeitar os que não crêem, da mesma forma que se exige tal respeito. Todos os dias temos sido alvo de falsos profetas que querem nos impor uma verdade, como diz Saramago na citação ao lado. Querem nos fazer TEMER um deus, simplesmente por acharem que é o correto.
Há pessoas boas e más entre os crentes de que existe um deus e também entre os crentes de que não existe. Aliás, outra pecha que querem impor: Não é que não acreditamos em deus; o fato é que o que acredito é que não existe um deus, e isso é bem diferente.
Tento ficar longe dos rótulos de ateu, descrente, agnóstico... Apenas o que eu acredito é que esse deus simplesmente não existe e procuro outras respostas para os questionamentos eternos que existem e que poucos conseguem explicar de maneira isenta da crença.
Não pretendo entrar nos clichês tipo: "Nada acontece na terra sem o consentimento de deus", ou "Se deus existe, como pode morrer tanta gente em desastres?". Acho apenas que sofremos reações ou ações sobre o que fazemos ou deixamos de fazer. Creio mesmo é na Hipótese Gaia, até que apareça outra teoria racional para nós e tudo que nos rodeia.
Voltando ao hoax, não o assinei e não respondi aos e-mails que recebi me intimando para assiná-lo por RESPEITO ÀS CRENÇAS DE MEUS CONTATOS. Não os ofenderei em suas crenças. Tenho tentado que não façam isso comigo. Sei que se eu me pronunciar, tornar-me-ei alvo da inquisição.
Nossa sociedade tem justificado seus atos com a muleta da religião e isso é muito perigoso. Querem produzir santos, como no recente episódio do acidente com o piloto polonês Robert Kubica.
Não quero ler Richard Dawkins escondido! E não vou! Quem quiser fazer a bíblia de manual da vida que o faça. Concordo - e discordo - de muita coisa que está ali, mas podemos e devemos nos informar mais sobre as coisas antes de nos deixar acreditar e levar por tudo que, supostamente, vem de deus ou que seja contra ele.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Com casca ou sem casca.

Com casca ou sem casca
Salgado, quentinho, cheiroso
No velho trem da Central
O amendoim era mais gostoso
Com casca ou sem casca
Que saudade que isso traz
Do trem da Central do Brasil
Dos tempos que não voltam mais

Gilete aço inoxidável

Cotonete, pente fino
Espelho e cortador de unha
Ai meus tempos de menino

Bala, chiclete, paçoca,

Grampo, creme rinse , blondor e henê
No calor, Picolé do China
Vários sabores prá você

Bananada, refresco, cerveja

Salgadinhos de montão
A pipoca Do saquinho rosa
Era igual filé mignon

Biscoito Globo, salgado e doce

Avental, sandália e tamanco
E a rapa do juá
Prá curar pano preto e pano branco

Entre uma estação e outra

Quando a coisa enguiçava
Era um calor desgraçado
O ponteiro nunca girava

Prá matar aquele tempo

Dominó, sueca e purrinha
Se o bicho não funcionasse
A gente pulava e andava na linha

Saltar muro, dar calote

Pular plataforma aqui e ali
Não importa onde fosse
Santa Cruz, Gramacho ou Japeri

E o trem das cinco ou seis

Que era cheio prá chuchu
Quanta gente já morreu
Surfando nas ondas da CBTU

Quanta coisa se vendia

Se comprava naquele trem
Naftalina, anil, ratoeira
Até talquinho de neném

Algodão doce, maçã do amor

E o velho pastel da central
Que sempre fez sucesso
Desde o Cruzeiro, até o Real

Mas os reis, malabaristas

Mesmo com toda aquela gente
Andavam, vendiam, gritavam
Cuidado, meu povo, que a lata tá quente

Mas os reis, malabaristas

Mesmo com toda aquela gente
Andavam, vendiam, gritavam
Cuidado, meu povo, que a lata tá quente

Com casca ou sem casca

Salgado, quentinho, cheiroso
No velho trem da Central
O amendoim era mais saboroso
Com casca ou sem casca
Que saudade que isso traz
Do trem da Central do Brasil
Dos tempos que não voltam mais

terça-feira, 16 de novembro de 2010

PIRA

Ata a rede
Tece a rede
Puxa peixe
Sobe barranco
Tira bucho
Cabeça no rio
Corta, salga, espera...


Planta, colhe
Paneiro nas costas
...
...
...
...

Descasca, rala, espreme
Seca, torra

Rema, rema, remador
...
...
...
Rema, rema, remador.
...
...
...




Caldo, arroz
Vem peixe
Vai espinha
Canto da boca
Mão na farinha

Lago e rio
Canoa, banzeiro
Vamos bricar da pira

Pirarucu
...pitinga
...rara
...íba
...cuí
...cema...
...
...
...
...
...

Respeito

Sustento

Renascimento.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Acabaram as férias. Ou: Dilma já ganhou; vamos recomeçar a baderna!

"Na primeira ação no Estado de São Paulo após a trégua das eleições, 30 integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) invadiram ontem 206 hectares da antiga fazenda Faxinal, em Bauru (SP), segundo a Polícia Militar (PM). A área, desmembrada de uma porção maior, é considerada média propriedade produtiva, conforme certidão do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A advogada Lívia Fernandes Ferreira, que representa o proprietário, entrou com pedido de reintegração de posse no Fórum de Bauru. Segundo ela, a fazenda tem criação de gado e áreas de cultura. Os sem-terra são provenientes do Assentamento Aimorés, no município de Pederneiras, administrado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A coordenação estadual do MST informou que o grupo não pertenceria ao movimento. A PM, no entanto, constatou que os sem-terra usavam bonés e bandeiras do MST. A propriedade já tinha sido invadida este ano durante o chamado "abril vermelho" - a jornada de lutas do movimento.

Naquela ocasião, a Justiça determinou o despejo dos invasores. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Bauru, Maurício Lima Verde, o MST está recrutando militantes com a promessa de lotes de terra em bairros da periferia da cidade, como as vilas São Paulo e Esperança. Ele teme uma onda de invasões na região."

fonte: Yahoo notícias

Fatos: Dilma Rousseff afirmou, em sua primeira entrevista coletiva, após a fala do mentor, duas coisas sobre esses aproveitadores:

Primeiro, que o MST não era caso de polícia.

Segundo, que ela não compactua com ilegalidades.

Paradoxo: Como não compactuar com ilagalidades e achar que o MST não é um caso de polícia?

Ah, já sei: Como disse o Chico Buarque: "Eles cometeram alguns equívocos". !!!!!!!!!!!!!!!!

Esse é o principal problema: Quando é com os outros, é crime, mas quando é com "eles", é equívoco.

Parece que teremos que nos preparar para mais alguns anos de "Eu não sabia"!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Fora Cassol, quer dizer, Cahulla!

Brincadeiras à parte, é impressionante o sentimento de alívio em saber que o grupo Cassol deixará o poder no estado de Rondônia, após 8 anos de descaso, opressão, terrorismo, desrespeito, ditadura, humilhação e desprezo pelo funcionalismo público.
Com alguma experiência de ter trabalhado no lado de dentro do poder - sem ter um CDS (Cargo de Direção Superior) -, pude perceber como o professor é tratado pela administração do estado, quando tenta obter algum direito. Os processos simplesmente param. Somem. E, com as devidas anuências, ninguém se responsabiliza ou é responsabilizado. É simples assim.

Ridículo também é como as pessoas que tem (apenas até o final do ano) algum poder dentro do governo desprezam e destratam os professores, cada vez que estes reivindicam algum direito. São tratados quase como mendigos, que pedem esmolas nas ruas e que "rezam" para que recebam alguma "migalha" daqueles que deveriam zelar por sua respeitabilidade.

Por sorte - ou aprendizado de tanto apanhar - uma grande parcela do funcionalismo público cansou do terrorismo demagogo do ditador que, mesmo oficialmente fora, continua mandando e desmandando nos rumos do estado. Triste, porém, é saber que ele não ficou de fora da política. Dos males os menores, não sofreremos a influência direta dos devaneios de vaidade do Senhor Cassol. Ainda temos que usar certos pronomes de tratamento, ainda que não os mereça.

Terrível mesmo seria ele ter ganho para o senado e para o governo, representado oficialmente pelo péssimo orador, o atual governador João Cahulla.

Não vejo o novo governador eleito, Confúcio Moura, como o salvador da pátria rondoniense. Acredito mesmo que a derrota do candidato do governo tenha sido mais um voto de descarrego, de grito de libertação. Temos agora que torcer para que o novo governador olhe para o estado com melhores olhos; que olhe para o funcionalismo público como quem olha para a força que faz mover o estado, e não como vagabundos, como o outro fazia.

Espero que todos aqueles pseudopoderosos que ainda tem seus CDS's saiam de seus postos e voltem para o lugar de onde vieram. Tem gente que sequer gosta de Rondônia, apenas de seus salários! Bom seria se os poucos que realmente trabalham pudessem ficar, mas o mundo da política não permite isso. Temos que torcer também para que os novos - sim, eles existirão - conheçam do assunto e trabalhem. Espero que o servidor volte a ser valorizado e respeitado.

Espero, espero e espero. Além de continuar executando meu trabalho da melhor forma possível - sou estatutário e não devo nada a ninguém e por isso tenho meu emprego garantido - precisamos ter esperança no novo governo; esperança de que tenha os servidores como colaboradores e não como "Zés" e "Marias" Ninguéns.

NOTA DE FALECIMENTO


NOTA DE FALECIMENTO

Faleceu no último dia 31 de outubro, às 17 h, República Tupiniquim de Rolim de Moura, deixando órfãos milhares de CDS’s e cargos comissionados, que encontram-se desesperados e abatidos pelo passamento de uma vaca leiteira que faleceu, conforme laudo, de falência múltipla, devido insuficiência de estudos e preguiça mental, acometidos pela arrogância e humilhação ao povo em geral.


O corpo está sendo velado na Capital do Estado de Rondônia tendo como sentinela o Exército Brasileiro para que o defunto não seja reanimado pelo apóstolo Valdomiro Santiago e seja enterrado no dia 1º de janeiro de 2011.

A sepultura será concretada com espessura de 2km, para não correr o risco de exumação em alguma madrugada.



fonte: E-mail recebido de amigo.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Aula de Administração

Há tempos não escrevo aqui.
Recebi este texto de um amigo, pelo e-mail.
Qualquer semelhança com o Brasil atual é mera coincidência (ou sabedoria do autor).

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo. '

O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas."

Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas. ' Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"...

Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D".

Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F".

As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa.

O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes.
Preguiça e mágoas foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado.

"Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.
Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade.
Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.
O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."


Adrian Rogers, 1931

sexta-feira, 19 de março de 2010

BIG BROTHER BRASIL - Cordel

Triste realidade do poder da mídia e do nível cultural de um povo.


BIG BROTHER BRASIL



Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.


Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.


Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.


Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.


Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.


O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.


Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.


Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.


Respeite, Pedro Bial
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.


Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.


Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.


A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.


Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.


Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.


Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.


É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.


Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.


A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.


E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não dêem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.


E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.


E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.


A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.


Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.


Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?


Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

Autor: Antonio Barreto,

Cordelista natural de Santa Bárbara-BA,
residente em Salvador.