segunda-feira, 10 de agosto de 2009

E o Brasil continua fazendo de vagabundos, celebridades!

Ronald Biggs, o "ladrão do século", marginal que também gastou todo o dinheiro do filho Mike, ex-integrante do grupo Balão Mágico, do início dos anos 80, é mais paparicado pela mídia brasileira do que o povo, que se mata de TRABALHAR!.
É impressionante como, nesse país,, bandido tem mais fama e prestígio do que o trabalhador, que sofre com a violência, com as péssimas condições da Educação, com a falência da Saúde (deveria se chamar Doença).
Gastam-se fortunas para levar bandido prá lá e prá cá, colocam bandidos em horário nobre da tv, celebram a liberdade condicional de um assaltante...
Alô alô! Biggs recebeu um benefício previsto em lei, mas só recebeu este benefício porque é um BANDIDO, que viveu FORAGIDO da polícia durante anos (onde?), cumpriu parte de sua PENA e agora pode TERMINAR de cumpri-la em liberdade CONDICIONAL. Ele não é um trabalhador que exerceu bem sua função: é um bandido!
Que o deixem prá lá.
Mas celebrar o trabalhador, infelizmente, não dá ibope, muito menos retorno financeiro.

sábado, 8 de agosto de 2009

Senado de "merda"

"O palavrão usado pelo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), para singar o tucano Tasso Jereissati (CE) não ficará registrado na História oficial: a expressão "coronel de merda" foi excluída da ata da sessão de quinta-feira do plenário e não constará no Diário Oficial do Senado nem nos anais da Casa. Apesar de as notas taquigráficas da sessão, distribuídas quinta à noite, terem incluído o xingamento feito fora do microfone, a palavra "merda" foi excluída das mesmas notas expostas nesta sexta na página do Senado na internet. As demais agressões foram mantidas."
O Globo
Confirmam-se a hipocrisia e a falta de respeito generalizada, tanto por parte dos Senadores, quanto por parte da Casa, em relação ao Brasil.

A contradição entre o famoso Vossa Excelência e a semântica do que é falado no plenário é gritante.
O que é um palavrão, então?

Palavras que têm o explícito objetivo de denegrir (ainda que verdadeiras) a imagem de alguém, ditas em um ambiente que exige postura (decoro), ou simplesmente palavras que foram consagradas pela grande massa como palavrões?
Outra coisa engraçada: Quando assistimos, pela TV, aos ridículos e hilários momentos de pancadaria nos parlamentos pelo mundo afora, principalmente os asiáticos, condenamos seus atos, ridicularizamos o povo (são os representantes to povo, não são?).

Mas também temos NOSSOS representantes aqui, que se xingam abertamente, usando seus palavrões permitidos, mui respeitosamente falados, para, depois, pedir desculpas e solicitar a retirada da "merda" das notas, da história.


Imaginemos quanta merda já foi tirada da história oficial de nosso país.


Hipócritas!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Senado: Renúncia coletiva já!

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, sugeriu hoje, em nota divulgada à imprensa, a renúncia imediata dos 81 parlamentares que compõem o Senado Federal e a convocação de novas eleições legislativas. Na opinião de Britto, essa seria a "solução ideal" para que a Casa recuperasse a credibilidade perdida por conta dos recentes escândalos que têm como pivô o presidente do Senado, o parlamentar José Sarney (PMDB-AP).
Fonte: Yahoo Notícias
Faz pouco tempo que escrevi aqui sobre o problema do Legislativo no Brasil, não só no Senado.
Bate bocas ridículos, acusações recíprocas, demagogias generalizadas. Fato é que tudo isso em busca de defesa própria, por falhas ocorridas em benefícios próprios.
Engraçado é assistir à falsas demontrações de respeito, quando o pronome de tratamento é sempre o "Vossa Excelência"!

São várias vossas excelências ditas em uma discussão, mas o nível dos debates beira o absurdo, principalmente em se tratando do ambiente em que se encontram.

Concordo com o presidente da OAB, embora saiba que isso é uma mera e simples utopia.

sábado, 1 de agosto de 2009

Foto: Chirlane Nobre


O Projeto Retrô continua agradando ao público que comparece ao Antiquarius Pub, na Pinheiro Machado, centro de Porto Velho.
Tanto que, depois de estrearem seu show no início ne julho, Roberto Terço, proprietário e responsável pela programação da casa, fechou com a banda por todas as quintas-feiras do mês de julho, até meados de agosto, quando deve iniciar seus shows aos sábados.
Isso indica que o Projeto Retrô agrada não só à casa, mas principalmente ao público.
Com flash back das décadas de 70 e 80, toda semana a banda vem apresentando repertório variado, sempre com novidades.
Para quem quiser contratar o Projeto Retrô, os fones são: 9247-0461 (Alessandro Amorim) ou 9246-9828 (Zeno Germano).

Perda de comanda na balada: consumidor só deve pagar pelo que consumiu.

SÃO PAULO - Quem costuma frequentar casas noturnas já deve ter recebido uma comanda prevendo multa para o caso de perda ou extravio. Entretanto, segundo o diretor-presidente do Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo), Geraldo Tardin, a prática é ilegal e o consumidor só deve pagar pelo que de fato consumiu.

"Essa prática é adotada por muitos estabelecimentos. É comum o consumidor pagar pela prática abusiva da empresa sem ter a informação de que está sendo lesado!", diz Tardin.

Lei

De acordo com o presidente do Instituto, não há nenhuma lei que legitime o estabelecimento a cobrar multa. Além disso, acrescenta, a responsabilidade de manter o controle do que foi consumido é do fornecedor e não do cliente.

"O fornecedor não pode repassar ao consumidor o controle. Essa atitude caracteriza prática abusiva. O fornecedor deve ter o controle do consumo por cartão magnético ou venda de fichas", alerta.

No caso da perda da comanda, o consumidor que for impedido de deixar o estabelecimento, caso não pague a multa, poderá ligar para a polícia e pedir seu comparecimento ao local. Além disso, ele deve registrar um boletim de ocorrência na delegacia.

Na hipótese de o cliente pagar a conta estipulada pela casa noturna, este poderá ingressar com uma ação pedindo em dobro o valor pago e mais indenização por danos morais.

Fonte: Yahoo Finance

O GRAMÁTICO, O LINGUISTA E O PROFESSOR DE LINGUA PORTUGUESA: CONFLITOS?

O ensino de língua portuguesa na escola, ao mesmo tempo em que vem sofrendo mudanças muito significativas em função da aplicação de várias idéias apresentadas nos PCNs, tem também apresentado uma problemática que pode estar levando os professores a um conflito de opiniões que, se bem analisado, não há razão de existir.

Desde que a linguística chegou ao Brasil, os docentes têm se dividido e se baseado em dois grupos fundamentais: os tradicionalistas e os lingüistas.

O fato é que ambos têm o mesmo objeto de estudo e trabalho, porém, com objetivos completamente diferentes. O tradicionalista, que trabalha com a gramática normativa, se posiciona nas regras que são ditadas por ela. O lingüista se posiciona no uso da língua, que muitas vezes é diferenciado à que se usa na escola (que é a língua da própria gramática normativa). O problema é que a vida possui uma língua, e a escola possui outra.

A língua, como sistema de representação do mundo, possui valores que não podem ser desprezados quando posta em prática. Sua realidade não condiz com a norma, ou vice versa. Por isso, mais do que se ater a esse conflito entre as duas linhas de trabalho, o docente deveria estabelecer melhor seus objetivos e tirar o melhor proveito de ambos os lados. O professor não deve ser um normativo ao extremo, e nem um lingüista ao extremo; deve ser professor, e como tal, aproveitar os recursos e os resultados de ambos para aplicá-los em sala de aula.

Baseado nisso, o docente pode, por exemplo, assimilar a noção de variabilidade e mutabilidade da língua, percebendo que todas elas são válidas (ainda mais se compararmos as duas línguas às que a aluno fica exposto). Da normativa, ele pode absorver a noção que existe uma modalidade que é mais “respeitada” que as demais, que é a norma culta das gramáticas.

Quando o docente realiza essa idéia, ele também pode começar a perceber que a grande questão em sala de aula não é simplesmente de “conteúdo”, mas “objetividade e finalidade”, ou seja, ele pode perceber que a questão dentro de sala não é apenas metodológica ou técnica, mas principalmente filosófica. Deve-se ter em mente todo um respaldo filosófico, sabendo das utilidades práticas e aplicabilidades de que o que vai ensinar será para o mundo, e não apenas para o momento escolar.

Pode-se explicar melhor esta questão de aplicabilidade da língua para o mundo tomando-se por base a teoria do alemão Gotlob Frege (ao contrário de Saussure, o pai da linguística, que separou a língua do sujeito, da história e conseqüentemente do mundo), que trata do Sinal Lingüisticamente Constituído. Para ele, o sentido de um sinal só se especializa num contexto, e este, num cenário.

Para que um sujeito possa chegar a um referente de um sinal, este precisa de um sentido geral, para que possa fazer uma representação do mesmo. Sem a história ao seu redor (um conhecimento de mundo - um cenário), ele não pode ter uma referência real deste sinal. Em outras palavras: a língua é viva; como tal, agrega valores sócio-culturais que não podem ser ignorados em seu ensino, sob o risco de dissociá-la da escola, do mundo e, conseqüentemente , do aluno.

Outro bom exemplo é a idéia de Marcos Bagno, Doutor em Linguística, que compara a língua ao um guarda-roupas: uma imensa variedade de coisas que podem ser usadas em diversas ocasiões diferentes, bastando que estejamos dispostos e prontos para escolher as melhores opções, dependendo de cada momento.

Sendo assim, nada melhor do que trazê-la para a vida (sala de aula), para explicitá-la e viabilizá-la aos alunos.

Em suma, percebe-se que os resultados dessa suposta rivalidade entre normativistas e lingüistas, com uma visão otimista dos professores de língua materna, só podem trazer benefícios para a prática docente, pois traz para estes muito mais possibilidades teóricas e práticas, mas respaldos científicos que, com uma correta aplicação de todas as idéias apresentadas por ambas a facções, traz, para esta prática, maiores condições de aproximar de fato a língua do aluno (da vida) da língua da escola (da gramática).

Com consciência e objetividade, tudo isso pode se reverter em um instrumento precioso e poderoso para aquele que, com a chegada da linguística, pode estar vivendo um conflito de identidade. O conflito então, acaba virando tecnologia de ponta a ser aplicada em sala de aula.