terça-feira, 19 de maio de 2009

PSEUDÔNIMOS DE F... (Brincando com Drummond)

A voz do povo é mesmo a voz de Deus. E para não contrariá-la, quando todos dizem que o ócio é o passaporte para o inferno, lembrei de uma brincadeira de Carlos Drummond de Andrade, quando ele satiriza os diversos (alguns) vocábulos e expressões para a palavra morte, em seu texto Pseudônimos de Morrer. Só que tem algo que é muito melhor do que morrer – eu sei que nunca morri para saber, mas não quero experimentar tão cedo!
De qualquer maneira, tenho certeza de que todos concordam que ter relações sexuais é mais ou menos bom...


Dois amigos, solteiros (só prá não balançar a instituição do casamento), se encontram em um happy hour...

- Cara, nem te conto: sabe a Aninha? Comi!
- Ta brincando! Vocês fizeram amor?
- Não! Foi saliência mesmo.
- Não acredito. Semana passada eu tentei passar o rodo nela e ela não
me deu.
- Pois comigo ela ralou e rolou.
- É mesmo? Conta mais: Brincaram de gangorrinha de verdade?
- Caí de boca!
- Brincadeira, cara!
- Também estranhei de início. Não esperava que ela quisesse ralar a
macaxeira comigo.
- Assim, de repente?
- É. Você sabe que não tem hora marcada pra amassar o bombril, né?
- É, eu sei. Seja lá como for, esse negócio de brincar de médico é sempre
bom, né?.
- Oh, se é! E você? Tem tirado alguma teia de aranha por aí?
- Mas menino... Também tenho uma prá te contar!
- Diga lá: tá trocando o óleo onde?
- Lá na casa da Verinha!
- Não brinca! Tá penteando macaco com a gostosa da Verinha?
- É. Faz umas duas semanas que eu venho molhando o biscoito por lá.
- Mas você não disse que tentou carcar o barbudo na Aninha semana
passada? Tá querendo afogar o ganso em todo mundo?
- Tentar eu tentei, mas ela não quis transar comigo. E eu já estava mesmo
fazendo coisinha com a Verinha. E olha que ela sabe brincar de
furadeira que é uma beleza!
- Ela tem mesmo jeito de quem faz o caqueado legal. A Aninha também
dança um mambo na horizontal que é uma maravilha!
- Cara, o negócio é o seguinte: a gente tem que aproveitar nossa solteirice
e fazer o lelê mesmo, sabe qual é! Dar o charuto ao Fidel geral, em
tudo que é área improdutiva, sabe!
- É isso aí. Por falar nisso, eu acho que vou lá prá casa da Aninha. Esse
papo me deu uma vontade doida de plantar a mandioca.
- Vai lá, mas não esquece de encapar a criança, heim!
- Só!

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