sexta-feira, 31 de julho de 2009

A guitarra brasileira é realmente tímida?

Não é o fato de a guitarra brasileira ser tímida.
Só acho que o músico que, de certa forma ainda é atrelado a grandes gravadoras/produtoras, jamais conseguiu, não consegue e dificilmente vai conseguir uma total autonomia em suas produções. Isso realmente bate de frente com o pop acessível que as rádios ainda exploram e exigem.

Outro ponto é a situação sócio-histórica do rock e dos músicos/rockeiros brasileiros, quando comparada principalmente aos americanos. Aqueles carregam em suas vidas, desde as igrejas, escolas, agremiações, universidades e tantas outras formas de agrupamento social a questão do showbizz, que nunca foi a praia principal do brasileiro. Kiko Loureiro, Edu Ardanuy, Rafael Bitencourt e Silas Fernandes, que tão bem foram por lembrados por Andréas Kisser, em sua coluna no Yahoo, não estão linkados (podados, também me apoderando de seu termo) pela grande mídia - prova disso é que poucos os conhecem como conhecem Herbert, Frejat, Belloto, entre outros. Infelizmente, a música dos primeiros não é tão acessível quanto a musica destes, digamos, popstars. Se perguntarmos a um ouvinte de rádio FM quem são aqueles, pouquíssimos vão saber de quem se trata.

Juntemos a questão cultural diferenciada (não estou menosprezando o brasileiro nessa área; apenas sendo realista), a uma indústria que não preza pela qualidade, mas pela viabilidade econômica, temos o cenário "tímido" que tão bem colocas em seu texto.

Essa discussão é assunto para debates grandiosos que, infelizmente, não acontecem como deveriam. Toda mudança começa da troca de idéias.

Um comentário:

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